O que são Adenomas hipofisários?
Adenomas hipofisários são tumores benignos que se desenvolvem na glândula hipófise, uma glândula pequena localizada na base do cérebro que produz vários hormônios importantes, incluindo hormônio do crescimento (GH), prolactina, hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e tireotrofina (TSH).
Quais os tipos?
Os adenomas hipofisários podem produzir hormônios (funcionantes) ou não (não-funcionantes). Entretanto, mesmo adenomas não-funcionantes podem afetar a produção hormonal, devido seu efeito compressivo. Portanto, uma avaliação endocrinológica em consonância com a avaliação do neurocirurgião, são fundamentais.
Existem diferentes tipos de adenomas hipofisários, cada um com características e causas diferentes. Alguns dos tipos mais comuns incluem:
– Prolactinoma: tumor que produz excesso de prolactina, um hormônio relacionado à produção de leite. Este tipo de tumor é o mais comum entre os tumores hipofisários e é mais comum em mulheres.
– Adenoma hipofisário produtor de hormônio do crescimento (GH): tumor que produz excesso de hormônio do crescimento (GH), provocando a “famosa” acromegalia (crescimento exagerado de extremidades, como dedos, mãos e pés, além de crescimento de órgãos como coração e intestino).
– Adenoma hipofisário produtor de ACTH: hormônio que regula a produção de cortisol. Este tipo de tumor pode causar Síndrome de Cushing.
– Adenoma hipofisário não funcionante: um tumor benigno que não produz hormônios, mas que pode causar sintomas pelo seu crescimento.
– Adenoma hipofisário produtor de TSH: hormônio que regula a produção de hormônios tireoidianos.
Quais os sintomas?
Esses tumores podem causar uma variedade de sintomas, dependendo do tipo e tamanho do tumor, como dores de cabeça, dificuldades visuais, alterações de humor, aumento de peso, alterações menstruais, dentre outros.
Devido sua localização próxima às vias ópticas, com o crescimento lesional, são comuns queixas visuais, principalmente com diminuição do campo periférico de visão (visão em túnel).
Quais as formas de tratamento?
O tratamento para adenomas hipofisários varia dependendo do tipo e tamanho do tumor, bem como dos sintomas e condições de saúde do paciente. As opções de tratamento incluem:
– Cirurgia: a cirurgia é a opção de tratamento mais comum para adenomas hipofisários, direcionada à remoção do tumor e resolução dos sintomas associados.
– Tratamento medicamentoso: medicamentos específicos podem ser utilizados para inibir a produção hormonal pelo tumor, aliviar os sintomas e reduzir o tamanho tumoral, sobretudo para tumores “funcionantes”.
– Observação: em alguns casos, como nos microadenomas não-funcionantes, os tumores hipofisários são pequenos e não causam sintomas, então o médico pode optar por monitorar o tumor sem tratamento imediato.
É importante consultar um neurocirurgião e endocrinologista especialistas para determinar o melhor tratamento para o seu caso específico. Além disso, é importante continuar a acompanhar o tumor, mesmo depois do tratamento, para garantir que ele não volte a crescer.
E a cirurgia?
A cirurgia é uma opção comum de tratamento para adenomas hipofisários, e o objetivo é remover o tumor e aliviar os sintomas. A cirurgia mais frequentemente realizada é por via endoscópica, através das narinas, permitindo acesso à glândula hipófise. Durante a cirurgia, o cirurgião usa microinstrumentos para remover o tumor, preservando o máximo possível da glândula saudável.
A cirurgia por via endoscópica demonstra altas taxas de sucesso, com poucas complicações associadas.
E a visão, pode melhorar?
Sim, na maioria das vezes conseguimos bons resultados em relação a campo e acuidade visuais após o procedimento cirúrgico.