O que é um Craniofaringioma?
Craniofaringioma é um tipo de tumor raro que se desenvolve na região central do cérebro, perto de uma glândula chamada hipófise. Devido à sua origem a partir dos restos do epitélio do ducto craniofaríngeo (conhecido como bolsa de Rathke, que é uma invaginação no teto da boca em desenvolvimento), os craniofaringiomas estão localizados ou na sela túrcica (ou seja, na depressão no crânio que contém a glândula hipófise) ou acima da sela túrcica (na região suprasselar).
Quais os tipos?
Os dois subtipos histológicos de craniofaringiomas são: adamantinomatoso e papilar, que diferem em termos de origem e distribuição por faixa etária. Os craniofaringiomas adamantinomatosos são diagnosticados com um pico de incidência bimodal (5-15 anos e 45-60 anos), enquanto os papilares são restritos a adultos, principalmente nas quinta e sexta décadas de vida.
Quais os sinais e sintomas?
Os sintomas de um craniofaringioma podem variar bastante, mas geralmente incluem:
- Dor de cabeça;
- Problemas visuais (devido à possível compressão do nervo óptico);
- Ganho de peso;
- Distúrbios hormonais (pela proximidade à glândula hipófise e ao hipotálamo);
- Náuseas e vômitos.
Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico é realizado através de uma avaliação clínica detalhada, associada a exames de imagem (principalmente a Ressonância Magnética de crânio e/ou sela túrcica). Para determinados casos, uma avaliação oftalmológica também é importante, assim como uma detalhada investigação hormonal. Entretanto, o diagnóstico definitivo apenas é realizado após a biópsia/cirurgia.
E o tratamento?
O tratamento normalmente envolve cirurgia para remover o tumor. Dependendo do caso, pode ser necessária radioterapia ou outros tratamentos após. Atualmente, a cirurgia endoscópica nasal é a principal abordagem para esses tumores, embora cada caso deva ser avaliado por um neurocirurgião.
Existe chance de retorno do tumor (recorrência)?
Existe sim! Por isso é necessário o acompanhamento médico frequente.
A boa notícia é que, com o tratamento adequado, muitas pessoas podem levar uma vida normal após enfrentar um craniofaringioma.
Referências:
Müller, H.L., Merchant, T.E., Warmuth-Metz, M. et al. Craniopharyngioma. Nat Rev Dis Primers 5, 75 (2019). https://doi.org/10.1038/s41572-019-0125-9